Shakespeare
Biografia:
Nascido
em 23 de abril de 1564, em Stratford-Avon, Inglaterra, William Shakespeare é
considerado um dos mais importantes dramaturgos e escritores de todos os
tempos.
Desde
mais novo, já demonstrava grande interesse pela literatura e pela escrita. Com 18
anos, casou-se com Anne Hathaway, com quem teve três filhos.
Em
1591 mudou-se para Londres, buscando oportunidades na área cultural. Lá,
começou a escrever sua primeira peça, “Comédia dos Erros”, em 1590 e só
terminou quatro anos depois. Escreveu na mesma época aproximadamente 150
sonetos considerados os mais lindos de todos os tempos. Ainda assim, foi na
dramaturgia que se destacou.
No
ano de 1594, ainda em Londres, entrou para a Companhia de Teatro de Lord
Chamberlain, onde escreveu tragédias, dramas históricos e comédias que marcam
até os dias de hoje o cenário teatral.
Em
1610, o escritor retornou para a sua cidade natal, onde escreveu a última peça
de sua vida, “A Tempestade”, finalizada somente em 1613.
No
dia 23 de abril de 1616, veio a falecer de causa ainda não identificada pelos
historiadores.
Os
textos de Shakespeare fizeram e ainda fazem tanto sucesso por tratarem de temas
próprios dos seres humanos, como: amor, relacionamentos afetivos, sentimentos
questões sociais, temas políticos etc.
Principais
obras:
-
Comédias: O Mercador de Veneza, Sonho de uma noite de verão, A Comédia dos
Erros, Os dois fidalgos de Verona, Muito barulho por coisa nenhuma, Noite de
reis, Medida por medida, Conto do Inverno, Cimbelino, Megera Domada e A
Tempestade.
- Tragédias:
Tito Andrônico, Romeu e Julieta, Julio César, Macbeth, Antônio e Cleópatra,
Coriolano, Timon de Atenas, O Rei Lear, Otelo e Hamlet.
-
Dramas Históricos: Henrique IV, Ricardo III, Henrique V, Henrique VIII.
Frases
famosas:
-
Dê a todos seus ouvidos, mas a poucos a sua voz.
-
Antes ter um epitáfio ruim do que a maledicência durante toda a vida.
-
Ser, ou não ser, eis a questão.
-
Sem ser provada, a paciência dura.
-
As mais lindas joias, sem defeito, com o uso o encanto perdem.
-
Pobre é o amor que pode ser contado.
-
Nada me faz tão feliz quanto possuir um coração que não se esquece de seus
amigos.
“Hamlet”
Um
breve resumo:
A tragédia “Hamlet”, de Shakespeare,
narra os acontecimentos na vida do príncipe da Dinamarca, também chamado
Hamlet, após a morte de seu pai, o Rei Hamlet. Quando as coisas no castelo
começam a mudar: o irmão do falecido Rei, Claudius, casa-se com sua cunhada já
viúva, a Rainha Gertrudes, e torna-se o Rei da Dinamarca.
Hamlet
encontra-se com o fantasma de seu pai, após alerta de guardas e de seu fiel
amigo Horácio. O fantasma diz a ele que foi assassinado pelo atual Rei, por
ganância e pede que o filho o vingue.
O
príncipe assume papel de louco para disfarçar seu plano de matar o tio e,
muitas vezes, acaba enlouquecendo de verdade e descobre coisas sombrias sobre a
vida no castelo, que não haviam passado por sua mente pura. O Rei Claudius,
desconfiado do sobrinho, queria entender a loucura de Hamlet, e manda seu braço
direito, Polônio, investigar o que anda acontecendo. Mas Polônio pensa que
Hamlet está apenas apaixonado por sua filha, Ophélia, e não é correspondido.
Então, manda a moça procurar o príncipe, mas ele a rejeita e a maltrata,
principalmente por estar enlouquecido.
Quando
um grupo de teatro chega ao castelo, Hamlet pede para que encene a morte do
falecido rei como esse o havia contado. E durante a apresentação da peça,
exatamente no momento em que Cláudio mata o Rei Hamlet, o Rei Cláudio se sente
desconfortável e sai do ambiente. O príncipe, então, conclui que o tio é mesmo
culpado e vai atrás dele para matá-lo.
No
entanto, Hamlet vê o tio rezando e resolve se vingar mais tarde. Enquanto isso
vai para o quarto da sua mãe e conversa agressivamente com ela, julgando a
rainha por ter se casado com o irmão, assassino, de seu pai. Porém, Polônio
ouve tudo atrás das cortinas e quando faz um barulho, Hamlet assassina-o,
pensando ser seu tio.
Ao
saber da morte de seu amigo Polônio, pelas mãos de Hamlet, o Rei decide mandar
Hamlet para a Inglaterra, supostamente para missões diplomáticas. Porém o Rei
vê que é ameaçado por seu sobrinho e está o enviando para, na verdade, ser
executado. Para isso, manda, com ele, dois amigos que o entregariam à morte. O
príncipe percebe a armadilha em que está e troca as cartas para que eles morram
em seu lugar. No caminho, o barco em que Hamlet está é atacado por piratas e o
príncipe oferece dinheiro para que eles o levem de volta a Dinamarca, para
concluir sua vingança.
Enquanto
isso, Ofélia vai enlouquecendo também, por conta da morte de seu pai e da
rejeição que sofreu por Hamlet. Ela acaba por se afogar, numa morte que
supostamente foi suicídio.
O
Rei Cláudio se alia a Laertes, filho de Polônio e irmão de Ofélia, que acaba de retornar da França, para matar
Hamlet. O Rei pede para que haja um duelo de esgrima entre Hamlet e Laertes e
envenena a ponta da espada de Laertes. No entanto, Hamlet mostra arrependimento
no enterro de Ofélia.
No
momento em que o duelo ocorre, o Rei também leva uma taça de vinho envenenada
para Hamlet, caso esse vença e decida brindar sua vitória, para, assim,
garantir a morte do príncipe.
O
duelo começa e Hamlet inicia vencendo. Com isso, a rainha bebe o vinho da taça
envenenada, sem saber, para comemorar o sucesso do filho. Hamlet é golpeado
pela espada envenenada e, sem querer, troca de espada com Laertes, que também
acaba ferido pela própria espada. Em seguida, Laertes faz as pazes com Hamlet
antes da morte dos dois e conta que o plano do Rei de envenenamento. Hamlet,
então, fere o Rei com a espada e o força a beber também do vinho envenenado.
Com isso, um morre atrás do outro: a Rainha e depois os três homens.
Entretanto Horácio, melhor amigo de
Hamlet, sobrevive para contar a história e garantir que o príncipe Fortimbrás,
da Noruega, assuma o trono dinamarquês. A tragédia termina com Fortimbrás
chegando ao castelo.
Personagens:
-
Hamlet: é o principal da história,
protagonista, filho do defunto rei e sobrinho do rei reinante (Cláudio). Hamlet
sofre de maneira intensa desde o início da tragédia. Ele não disfarça a
tristeza, e faz questão de demonstrar todo o sofrimento com a perda do pai e
com o casamento da mãe com Cláudio. Ele é muito dramático. É muito
procrastinador. Além disso, é irônico e sarcástico (apesar de só conseguirmos
entender essas ironias, se tivermos muita calma e paciência pra tentar
entender, por causa da linguagem e das expressões da época.) Muito
melodramático, tem aqueles monólogos imensos, em que ele reflete sobre a vida e
sobre a morte. Ele finge de louco, mas no final, parece que sua saúde mental
foi comprometida.
- Cláudio: rei da Dinamarca, irmão do rei
Hamlet, que o matou para conseguir a coroa e a rainha.
- Rainha (Gertrudes): rainha da Dinamarca,
mãe de Hamlet. A relação dela com o filho é de certa maneira turbulenta, desde
que ela resolveu se casar com Claudio, que assassinou seu pai. Ele começa a
sentir ciúmes de Claudio e acusa a mãe de mal lamentar ou sentir a morte do pai
antes de casar com o tio.
- Polônio: é o primeiro-ministro, conselheiro do
Rei Cláudio. É tipo o “espião” do rei, que está sempre de olho em todo mundo,
camareiro-mor, pai de Ofélia e Laertes.
- Laertes: filho de Polônio, irmão de Ofélia, e está retornando de Paris para Elsinore. Acaba se juntando depois, no decorrer da peça, à
Claudio, pra vingar a morte de seu pai.
- Ofélia: jovem da alta nobreza, filha de
Polônio, par romântico de Hamlet. Ela é de certo modo muito dependente dos
homens da vida dela: do pai, do irmão e do namorado. É uma personagem muito
importante para a trama, assim como o Laertes. Ofélia apesar de parecer ser uma
mulher totalmente submissa, não é: com o decorrer da obra nós percebemos que
ela é inteligente, crítica de uma maneira sutil. Na
referida peça, a personagem Ofélia morre afogada, num provável suicídio. A bela
Ofélia, que amava Hamlet, vê-se privada do seu amor, passa a dar mostras de
loucura após a morte do seu pai, Polónio, que fora assassinado por
Hamlet. Enquanto Ofélia enlouquece, Hamlet apenas finge perder o juízo
para conseguir vingar a morte do falecido Rei Hamlet, seu pai; e a sua
melancolia forjada atinge tal grau que o leva a divagar sobre o suicídio.
Ao longo dos tempos o
interesse de diversos pintores recaiu sobre Ofélia, mais precisamente
sobre a sua loucura e morte nas águas. A predileção pela personagem,
em detrimento de outras, é considerável: não há outra personagem de Shakespeare
que tenha sido mais retratada na pintura. Desde 1740, quando se teve notícia
das primeiras ilustrações da peça, ela foi retomada pelas artes plásticas como
o arquétipo da donzela indefesa. Derivada do tipo feminino da noiva ou amada
morta em plena juventude – tipo caro aos poetas românticos – representava um
modelo espiritualizado e espectral de mulher.
- Horácio: é
um grande amigo de Hamlet, que se moveu a Elsinore com o intuito de presenciar
o funeral do pai de Hamlet.
- Osric: Cortesão que se veste excessivamente
bem e com muitos enfeites. É a perfeita ilustração do verdadeiro “puxa saco”. Osric faz de tudo para agradar Hamlet. Osric,
assim como Polônio, conversa com Hamlet através de um linguajar elaborado
seguindo um guia de comportamento com um bocado de regras para serviçais,
impresso em 1528.
- Rosencrantz e
Guildenstern: são amigos de infância e
de escola do príncipe Hamlet. Foram chamados por Cláudio e Gertrudes, que
desejavam alegrar o príncipe com a presença dos amigos, já que ele se
encontrava melancólico pela morte do pai. São cortesãos assim como Osric
- Reinaldo: Reinaldo
é servidor, criado de Polônio. Polônio
envia Reinaldo a Paris para checar o que seu filho, Laertes, estará fazendo
pela capital francesa.
- Fantasma: fantasma do rei morto que “volta”
e aparece para Hamlet, seu filho, a fim de contar toda a história de sua morte
e dizer quem fora o culpado. Volta para incitar Hamelt a se vingar do tio
Claudio.
- Fortimbrás: é
sobrinho do antigo Rei da Noruega, e atual Rei desse país. Ele também é filho do sênior
Fórtinbras, que morreu num combate com o pai de Hamlet.
- Yorick: é citado pela primeira vez
na Cena I do Quinto Ato. Yorick é um falecido bobo da corte.
Não são dadas informações biográficas sobre ele. Seria um personagem ligado à
infância de Hamlet. Ao ver o crânio de Yorick, Hamlet fala sobre os efeitos da morte sobre o corpo. No imaginário popular, o célebre monólogo de Hamlet "ser ou não ser", pronunciado na Cena I do
Terceiro Ato, é frequentemente confundido com o momento em que Hamlet descobre
o crânio de Yorick. Tal
confusão deu origem a várias interpretações, nas quais o príncipe Hamlet segura
um crânio na mão enquanto recita o monólogo. De fato, na peça, as duas cenas
estão distantes.
Sobre o livro:
Hamlet foi
escrito, por William Shakespeare, no século XVII. O livro é escrito em formato
de peça teatral e é uma tragédia. A história se passa na Dinamarca e fala,
principalmente, sobre vingança e loucura.
É
a obra dramática Shakespeareana mais adaptada e encenada nos palcos de todo o
mundo, sendo uma das mais importantes e renomadas tragédias de Sheakespeare. Ao
longo de toda a história do cinema, foram realizadas mais de setenta adaptações
de Hamlet.
Acredita-se
que a peça tenha sido baseada em uma lenda de fundo histórico chamada
“Hamleto”.
O
Castelo de Elsinor chama-se, na realidade, Castelo de Kronborg e foi palco, em
1916, para a peça “Hamlet”, marcando o 200º aniversário de morte de
Shakespeare.
Uma
curiosidade interessante é que o livro inspirou o filme “O Rei Leão”.
“Hamlet”, uma
tragédia:
Hamlet,
como sabemos, é uma obra trágica, que contem personagens, enredo, espetáculo
cênico, musica, elocução e pensamento.
Dois
outros elementos essenciais para uma tragédia são a peripécia e o
reconhecimento. Esta ultima, acontece quando um personagem toma conhecimento de
algo que pode mudar o percurso da trama, como por exemplo, quando Horácio chega
ate o príncipe Hamlet e o deixa a parte dos acontecimentos vividos por Bernardo
e Marcelo, que afirmam ter visto a meia noite, um fantasma fisionomicamente
parecido com o falecido rei, pai de Hamlet.
A
peripécia, por sua vez, segundo Aristóteles, é um artificio empregado na
tragédia com a intenção de apresentar acontecimentos que mudam o curso das
ações. Na obra de Shakespeare, a peripécia acontece quando Hamlet decide ver o
fantasma, e o reconhece como seu pai. É nesse momento, onde o fantasma do
falecido rei pede a seu filho vingança por sua morte, que a reviravolta
acontece. Este é um episódio de vasta importância, que desencadeia a tragédia
final.
Existem
ainda, outras características do gênero encontradas na obra, como por exemplo:
a paixão, ou “pathos”, que se trata da morte do herói; desmesura, ou “hybris”,
a soberba do homem que se acha capaz de desafiar os designíos do destino e a
“hematia”, ou erro trágico, que produz a catástrofe.
Grupo: Bianca Barros, Caroline Crovato, Luiza Vantine, Raissa Segantini e Rute Honório.
0 comentários:
Postar um comentário