Há cerca de um mês, falamos sobre a Odisseia, e pouco antes disso falamos sobre Morávia e Romano de Sant'anna. O conto e a crônica que analisamos resgata uma história que é contada na Odisseia, fazendo uma releitura do acontecimento.
"Circe ajuda Ulisses em sua jornada, apesar de inicialmente não parecer.
Convida a todos que entrem em seu palácio. Após servir queijos e vinho, Circe transforma todos os enviados por Ulisses na expedição de reconhecimento (com exceção de Eurícolo) em criaturas semelhantes a porcos. Ulisses, ao saber da notícia, parte para salvar seus companheiros. Ele acaba se envolvendo com a feiticeira e ele, juntamente com seus 'sócios' ficam na ilha por um ano inteiro, vivendo em fartura."
O canto X da Odisseia representa o estilo épico na sua melhor forma. Os personagens são submetidos ao destino escrito pelos deuses, em uma realidade cheia de monstruosidades e magia. Mas Morávia e Sant'anna tratam de ressignificar a história, dando um sentido mais atual e humano. A magia que transformava os homens eram suas ideologias. O destino que anteriormente era escrito pelos deuses, se transformou na forma humana de seguir cegamente estas ideologias, sem pensamento crítico.
O conto mudou o formato de narrativa, mas mostra como que os textos se adaptam para representar sua época. Porque se olharmos bem, os homens/heróis continuam submetidos a destinos, sejam estes os escritos pelos deuses ou por seus instintos. E o que é o instinto humano se não uma magia ou monstruosidade?
Fernanda Bonfim, Luiza Curityba, Henrique Pfister e Joana Campos
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